quinta-feira, 12 de maio de 2011

E ja agora..para a minha aldeia preferida

A Soeira

Horas serenas de bendita solidão
Entre urzes e tojos , tão só como o levita
Onde sinto que a humildade no silencio grita
E a minha volta tudo é meu irmão.

Irmã me sinto de rochas e pedrinhas
De altos negrilhos, da agua das nascentes
Do céu, da lua, das estrelas cadentes
Estevas resinosas, urzes rasteirinhas.

Encontrei aqui a paz desejada
Para a minha alma pobre atribulada
Ah quietude e sede como isto é belo

Vento que passas passa de mansinho
Quero destes cerros fazer um pergaminho
Com a santa palavra do grande “Poverello”.

Soeira,1968

Eulália Gonçalves

Nenhum comentário: